terça-feira, novembro 22, 2005

Rapidinho que o tempo tá curto:

Duas músicas selecionadas para o EP do "Som na Caixa"

1 - All Star Vermelho
2 - De como Madame Satã rezou prá Santa Bábara

Veremos...

segunda-feira, novembro 21, 2005

And here we go again

Peço perdão pela omissão um tanto forçada (a se perdurar, inclusive. Foi mal, Marcelo)
Mas o esquema (música-advocacia-livro) está me chupando de uma maneira não muito gostosa.

Eu volto, logo, logo; tal qual um restaurante depois da reforma.

Aos meus três leitores fiéis, paciência e compreensão.

Até breve.

segunda-feira, novembro 14, 2005

Escaleta?

Parece um som de sanfona
tem um quê de brinquedo de plástico
Visualmente fácil e veramente difícil, como o violão
Mas agora que comprei, vou ter que tocar
senão vira um bandolim quebrado lá dentro do armário

quarta-feira, novembro 09, 2005

MEIUQER

Aos que amam Manuel Bandeira. Aos que querem-querem. Aos que têm esperança e que não vão deixar de falar ao mundo por causa de qualquer intempérie. Você tem medo? Vem, me dê a mão - mesmo que à distância. O que morre hoje, nasce de novo amanhã. Vamos juntos enfrentar a fúria do mar:

Estrela da Vida Inteira

Estrela da Vida Inteira
Salvaguarda meu caminho
Brilharás sobremaneira, no meu coração sozinho

Quero os beijos de Adalgisa
A saliva de Carmela
A cidade em minhas veias
O que o ópio me reserva

Vou-me embora desse mundo
Vou para onde a tisteza não possa aparecer

Estrela da Vida Inteira
Querem coagir meu peito
a me dar por satisfeito
com trabalho, voto e lar....

Mas tal qual qualquer Estrela
quedo extinto enfim, um dia
sob o signo da alforria
de brilhar em outro ser

Vou-me embora desse mundo
Vou para onde a tisteza não possa aparecer

sexta-feira, novembro 04, 2005


So porque eu preciso de beleza, senao a vida nao tem gra�a Posted by Picasa

Entrando no Maracan� (s� pr� n�o deixar de postar uma foto nesta sexta-feira). Saudade do Rio. Posted by Picasa

Episódio V

Fantasmas (Parte V)

E esse homem foi crescendo no decorrer das horas. O Desembargador sentia-o alimentando-se de desejos não confessados, com os de ter um apartamento bem melhor, de ter uma casa na praia, talvez uma casa no campo, talvez a garantia de que as coisas na velhice não esmoreceriam como lembrança. A manhã passou-se e o Desembargador “X” confortou-se que o crescimento do homem dentro dele seria limitado pela inércia em ligar para o advogado para falar daquele numerário no papel. Talvez o advogado nem aparecesse mais e toda essa conversa de numerários, liminares, corrupção quedasse como um episódio pitoresco que ele guardaria consigo e confessaria a um padre quando da unção extrema. Tão somente porque houve um desejo. Mas logo ao chegar no seu gabinete, o Desembargador notou um novo pedaço de papel dobrado sobre sua caixa de despachos pendentes. Abriu o papel dobrado e deparou-se com um numerário ainda maior e um número de telefone. Rapidamente, o Desembargador rasgou o papel e colocou as mãos sobre a cabeça atormentada. Queria se livrar daquilo tudo, mas não queria. E de repente, o homem havia dominado o Desembargador.
Há quem diga, no entanto, que as coisas não se passaram dessa maneira. Que o Desembargador não teve um conflito moral de-si-para-si, mas que durante todo o período em que estava titulado, apenas aguardava a hora certa para lançar suas fichas em uma prática velada de venda de decisão, por um preço excessivamente justo na tabela das coisas que não podem ser.
Fato mesmo é que o Desembargador encontrou-se mais uma vez com o advogado e apresentou-lhe um esboço da decisão naquele processo em que havia tantas partes envolvidas, inclusive o próprio Estado da Federação. E dizem que a decisão era tão bem argumentada que ninguém desconfiaria de que a mesma havia sido comprada se não fosse o fato de uma das partes envolvidas no feito já ter desencarnado há anos antes da primeira petição que iniciou o processo. Mas mortos não fazem parte do imaginário dos Desembargadores e o “X” não poderia saber do fato que o levou a enfrentar uma execução em praça pública. Mas vamos devagar que a estória deve ser bem trabalhada, como dizia Josefina Minha-Fé.