Jorge Maravilha
(Chico Buarque)
E nada como um tempo após um contratempo
para o meu coração
E não vale a pena ficar, apenas ficar
chorando, resmungando, até quando, não, não, não...
E como já dizia Jorge Maravilha
prenhe de razão
mais vale uma filha na mão do que dois pais voando:
Você não gosta de mim, mas sua filha gosta
terça-feira, agosto 30, 2005
quarta-feira, agosto 24, 2005
Teoria da Relatividade
Minha gata conversa com o passarinho:
Tudo é relativo do outro lado do muro
Voar é uma questão de saber se desvencilhar do chão
Ser livre é ater-se às responsabilidades para com o outro
O mal é apenas o bem mal-feito:
Vem cá que eu te ensino a flexibilizar perspectivas
O passarinho não caiu nessa
E voou para a segurança dos seus postulados
Tudo é relativo do outro lado do muro
Voar é uma questão de saber se desvencilhar do chão
Ser livre é ater-se às responsabilidades para com o outro
O mal é apenas o bem mal-feito:
Vem cá que eu te ensino a flexibilizar perspectivas
O passarinho não caiu nessa
E voou para a segurança dos seus postulados
segunda-feira, agosto 22, 2005
Sexta-feira prá não sair da lembrança
Sexta-feira à tardinha: primeira garrafa de vinho aberta
Sardela e pesto genovês a deslizar sobre as torradas
Mais um amigo que chega, mais uma garrafa aberta
O queijo reggiano compartilhado, amar o que se faz: isso permanece às dívidas
Mais um amigo que chega, mais uma garrafa aberta
Glívio cozinhando ao fundo: a carne desbota em sange
Pancceta e copa, mais uma garrafa aberta
os ânimos de exaltam, o ânimo habita o vinho
Billie Holliday é escolhida por Glívio, a conversa desbota em música
O disco de Jards Macalé emprestado, a confiança trespassa o clientelismo
Mais uma garrafa de vinho aberta
O título de mestre é compartilhado entre aqueles que bem sabem viver
Ao voltar para casa, a penumbra do meu amor dormindo tranquila
Mais uma garrafa de vinho aberta
O dia teve por cor o rubi.
Sardela e pesto genovês a deslizar sobre as torradas
Mais um amigo que chega, mais uma garrafa aberta
O queijo reggiano compartilhado, amar o que se faz: isso permanece às dívidas
Mais um amigo que chega, mais uma garrafa aberta
Glívio cozinhando ao fundo: a carne desbota em sange
Pancceta e copa, mais uma garrafa aberta
os ânimos de exaltam, o ânimo habita o vinho
Billie Holliday é escolhida por Glívio, a conversa desbota em música
O disco de Jards Macalé emprestado, a confiança trespassa o clientelismo
Mais uma garrafa de vinho aberta
O título de mestre é compartilhado entre aqueles que bem sabem viver
Ao voltar para casa, a penumbra do meu amor dormindo tranquila
Mais uma garrafa de vinho aberta
O dia teve por cor o rubi.
segunda-feira, agosto 08, 2005
30 anos
- Não há tempo, não há tempo...
Disse o coelho branco ao homem que tinha ido fotografar alice.
Ele não se perguntou acerca da esquisitice de um coelho branco segurando um relógio falar, porque mais esquisito era o fato de ele estar fotografando uma garotinha em poses sensuais.
- Não há tempo, não há tempo...
Coelho e relógios bons são coelhos e relógios mortos. E um tiro certeiro tingiu de sangue a adjetivação do coelho. Mas o relógio não parou. E isso era inevitável.
Disse o coelho branco ao homem que tinha ido fotografar alice.
Ele não se perguntou acerca da esquisitice de um coelho branco segurando um relógio falar, porque mais esquisito era o fato de ele estar fotografando uma garotinha em poses sensuais.
- Não há tempo, não há tempo...
Coelho e relógios bons são coelhos e relógios mortos. E um tiro certeiro tingiu de sangue a adjetivação do coelho. Mas o relógio não parou. E isso era inevitável.
segunda-feira, agosto 01, 2005
Agosto
Vem, Agosto
Com suas nominações de língua perdida
Com seus passos de coisa imaginada depois de algo que se conta
em mistério. Vem como minha mãe vinha para ver se eu havia morrido
E inaugura em mim a marca do tempo, renova as células imaginárias do tempo
A existência imaginária do tempo
Vem
Pai dos meses, feiticeiro de quadro de Goya
bruxedo de gente grande, coisa antecipada que fica em nós
senhor dos ventos, pressuposto de ficar em casa temendo-se o não sabido
Vem
Vem, Agosto
Que o meu corpo é um tronco disposto a ser levado pelo mar
Com suas nominações de língua perdida
Com seus passos de coisa imaginada depois de algo que se conta
em mistério. Vem como minha mãe vinha para ver se eu havia morrido
E inaugura em mim a marca do tempo, renova as células imaginárias do tempo
A existência imaginária do tempo
Vem
Pai dos meses, feiticeiro de quadro de Goya
bruxedo de gente grande, coisa antecipada que fica em nós
senhor dos ventos, pressuposto de ficar em casa temendo-se o não sabido
Vem
Vem, Agosto
Que o meu corpo é um tronco disposto a ser levado pelo mar
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