quarta-feira, outubro 18, 2006

Cartola

Entre a carne e a cruz (onde mora a dor)
Onde o meu samba fez morada
E a semente nunca vira flor

Nesse grande mar, solitário e vão
Fico porta-voz da alvorada
E cubro o verde-e- rosa do meu chão

A noite quando me vem é madrugada
E o mundo já se vai dentro de mim

É o samba quem me mostra
A flor a ser exposta
Na valsa da solidão de quem diz sim