Procurei-te no útero dividido de nossa mãe
No berço nosso que eu quebrei por ver você em meu futuro
Procurei-te em meus braços que sustentaram a nós dois em meio a dezembros
Na interpretação do Outubro, na interpretação da Libra
procurei nas nossas viagens, onde dividimos a surpresa da imensidão desse Mundo
E nos meus choros que curaste na crueza da verdade do nosso sangue
Procurei e não encontrei.
A festa havia acabado. A tua cama estava fria.
Os nossos pais estavam velhos.
Pisei os lírios e os cacos de vidro
Gritei teu nome e percebi como teu nome é forte
Nem no passado, nem no presente, nem na coisa por fazer
Estava só em meio aos padrões dos nossos genes.
Mas a tua ausência chamou meu nome
E eu fechei meus olhos para ouvir tua voz
Porque a liberdade transporta a carne nossa
Abro a porta do guarda-roupa e te acho sorrindo
Escondida no infinito de dentro de mim