De um a oito estava tudo dominado. O mundo estava ali. Fechava os olhos e colocava os braços no muro: um, dois, três, quatro, cinco, seis, sete, oito; e os mistérios do mundo, a matriz dos anjos, o porquê da lesma: estava tudo ali, no oito.
Mas chegou sua mãe. Depois do oito tem o quê, Bia? Bia não sabia responder.Existia algo mais para saber? Algo além do que tudo aquilo que ela sabia? Era assim, de um ao oito. Mas não era, sorria sua mãe. Com uma singeleza cruel dos emissários do Misterioso disse: depois do oito, vem o nove.
Nove? O que é o nove que eu não conheço? E se depois do nove vier algo novo? De repente, os anjos voaram, o mundo alargou, a lesma virou algo indefinidamente complexo. No nove, Bia havia crescido.