quarta-feira, outubro 29, 2008


No fim daquela estrada

havia uma igrejinha

cinco anjos barrocos

dois dedos de prosa

um quarto de cachaça

o tempo que ali resolveu parar

eu olhei para você

e com todas as dúvidas do homem

perguntei

"ora, vamos nos casar?"

e você a mais bela de todas

com os dedos de flores

as estrelas na fronte

o vestido de infinito

sussurou em meu ouvido

"deus me livre, me guarde"


e, depois, com o sorriso no rosto

espantou o meu gemido

"se é para alegria dos olhos
felicidade geral da inexatidão
fique tranquilo que eu caso "


e o Senhor me disse "amém"