No fim daquela estrada
havia uma igrejinha
cinco anjos barrocos
dois dedos de prosa
um quarto de cachaça
o tempo que ali resolveu parar
eu olhei para você
e com todas as dúvidas do homem
perguntei
"ora, vamos nos casar?"
e você a mais bela de todas
com os dedos de flores
as estrelas na fronte
o vestido de infinito
sussurou em meu ouvido
"deus me livre, me guarde"
e, depois, com o sorriso no rosto
espantou o meu gemido
"se é para alegria dos olhos
felicidade geral da inexatidão
fique tranquilo que eu caso "
e o Senhor me disse "amém"