quarta-feira, setembro 29, 2004

Seios

Um poema erótico para animar esta merda:

Seios

Se cabem em minhas mãos, não os quero
o paradoxo do peito pacientemente eu espero
ter peitos é não tê-los e sempre imaginá-los
pois se não cabem nas mãos, não podemos clamá-los,

por nossos como mãos que nas nossas mãos bem cabem
só quero peitos que fartem,que deleitem e que sobrem
para perder-me entre eles e entre eles me achar
para vê-los crescer nas meninas a rodar

pois se vejo com ânsia esse crescimento
é que há um momento, de noite ou de dia
onde há uma alegria no porvir que imagino
o fino tecido ser rasgado com euforia

Então terei finalmente saciada essa fome
que habita meu pau, minha boca e meu nome
o paradoxo do peito ministrará meu prazer:
de ter em minhas mãos o que não posso reter