terça-feira, abril 26, 2005

Noel Rosa e a Tempestade

Esse samba não ia entrar no novo disco. Não guarda maiores similitudes com o espírito do projeto, é um samba calmo, quase uma bossa. Mas o resultado agradou tanto e a todos, que não tive como apartá-lo. Será um interlúdio...um samba que fala de fogões, geladeiras, mentiras e videotapes...

Noel Rosa e a Tempestade


Vai, vai, vai, vai que eu tô indo embora
Esqueça os sambas que te fiz
Esqueça a minha história

Vai, vai, vai, vai com essa dor tamanha
Que eu já fui pro o Mundo me curar
Da tua ausência estranha

E vá deixando a tempestade para mim, eu quero que ela venha sim
Chover no que eu deixei pra trás
Meu bem, não adianta mais repartir as coisas por nós dois
Deixemos isso prá depois
Eu quero a chuva só pra mim


Vai, vai, vai, vai pelo Mundo afora
Sangrar o sangue que eu perdi
No vão da minha memória

Vai, vai, vai, vai na meação de nada
O samba passou por aqui
E deixou minha voz guardada

E vá deixando Noel Rosa para mim, eu quero que ele venha sim
Cantar o que eu deixei pra trás
Meu bem, não adianta mais repartir os sambas por nós dois
Deixemos isso pra depois
Noel Rosa só pra mim