terça-feira, setembro 27, 2005

Clara

(eita mulher prá causar ciúmes...)

Domingou, ensaio geral do Nação
Clara vem com o mundo na palma da mão
vem sorrindo, me dispensa o seu olhar
pois o seu olhar é caro e vale o sem-fim do mar

Quem pensar o amor dessa mulher reter
de carcereiro a prisioneiro vai verter
Clara é a prisão do que você sentir
e dormir com ela é um passo prá se despertar tão só

Clara é sonho e você não vai acordar
Clara é clara e infinita como o mar
Clara diz não choro porque sei ser mulher
mas no fundo o que ela quer é um colo e um solo
prá fincar sua raiz

Descolada, ladra de toda atenção
o seu não tem hierarquia superior
o amor segundo ela é uma contra-mão
e a vida não lhe dá tempo qualquer para uma paixão

Tatuou o seu registro pessoal
bem na nuca (a fronteira entre o bem e o mal)
desesperada, quando chega o carnaval
ela aspira, proibida, e torna a vida como quer

Clara é sonho e você não vai acordar
Clara é clara e infinita como o mar
Clara diz não choro porque sei ser mulher
mas no fundo o que ela quer é um colo e um solo
prá fincar sua raiz

PS (música bobinha, feita aos vinte anos, mas que agrada pelos novos arranjos)